segunda-feira, 19 de abril de 2010

DESMATE DO PAC EQUIVALE A METADE DE SÃO PAULO.

Floresta é derrubada com o fim de abrir caminho para novas rodovias




As obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) já desmataram de forma legal no país uma área equivalente à metade do município de São Paulo. Desde o início do projeto, em 2007, o governo autorizou o desmate de 730 km2 para o avanço de suas obras. O montante desmatado nesses três anos inclui extensões na região amazônica, mas também no cerrado e na caatinga, inclusive em áreas de preservação permanente, como margens de rios e topos de morros. São obras de recursos hídricos, usinas hidrelétricas, ferrovias e rodovias, entre outras. Cada uma das autorizações do Ibama traz uma série de contrapartidas que, ao menos no papel, deveriam ser cumpridas pelos responsáveis da obra, como o plantio de uma área equivalente à devastada. Entretanto, não existe fiscalização no cumprimento dessas condicionantes. Segundo a ministra Isabella Teixeira (Meio Ambiente), o Ibama precisa ser fortalecido, e os licenciamentos do órgão precisam ser tratados como algo estratégico de governo, e não apenas da área ambiental. Desde janeiro de 2007, o desmate legal do PAC equivale a 10% da derrubada de árvores na Amazônia Legal entre agosto de 2009 e julho de 2010, quando, segundo o governo, foram devastados 7.008 km2. Na agenda de prioridades do PAC está o asfaltamento da BR-319 (Porto Velho-Manaus), ainda não autorizado pelo Ibama. O projeto provoca calafrios em ambientalistas, justamente por causa do potencial desmatador que esse tipo de obra tem. Informações da Folha.

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