segunda-feira, 14 de junho de 2010

- Unificar a esquerda para derrotar o modelo social liberal de Lula e Serra.

Por: Professor Cardozo



Um chamado aos valorosos companheiros que contribuem na construção da luta concreta dos trabalhadores do campo e da cidade e que continuam filiados ao PT.

Nas duas ultimas décadas, a esquerda brasileira foi unificada em torno da palavra Lula lá. O Partido dos Trabalhadores foi construído e forjado dentro das lutas sociais e, portanto representava o avanço nas propostas de uma sociedade desatrelada dos interesses historicamente forjados no viés colonialista e entreguista, que em sua maior ação contra a democracia engendrou um duro golpe militar financiado por interesses imperialista e de dominação estrangeira. O significado deste propósito corroborava nas afirmações propostas por Caio Prado Jr. em seu livro “A Revolução Brasileira”, de que o Brasil será uma grande nação quando deixar de ser um Brasil-empresa- para-os-outros e se tornar um Brasil-empresa- para- si, onde as riquezas e seu capital humano fossem levados a termo.

Com os desgastes do modelo neoliberal uma nova vaga revolucionária surge na América Latina e o um novo protagonismo das populações originarias permitiram a ascensão de governos populares, no Brasil, Uruguai e Argentina, alem de grandes insurreições na Venezuela e Bolívia. Era o que talvez Darcy Ribeiro, imaginava quando invertia radicalmente os velhos argumentos europeus contra nós. Em torno de um novo limiar para os povos.

No entanto paira sobre todo o conjunto da esquerda no Brasil um sentimento de frustração. O fracasso histórico que produziu esse sentimento tem seus alicerces lá atrás, senão vejamos: O ciclo político de ilusão eleitoral: a vitória implicaria o inicio das transformações sociais. Eis o fracasso histórico.

O conjunto das organizações políticas e sociais que compõem a esquerda no país, quando conseguem o “Lula Lá” passam a viver uma esquizofrenia. Uma parte deste conjunto é obrigada para subsistir, a rebaixar seu horizonte político. Afirmando que Lula não poderia fazer mais do que vêm fazendo. Outra parte substitui a esperança pelo rancor e o centro da luta passa por derrotar o Lula. Mas essa esquizofrenia é só aparente. Ambos os lados possuem a mesma concepção, por que em ambos os casos a centralidade é ainda superar o Lula, e romper com essa lógica da centralidade eleitoral e colocar em discussão com o povo os limites da democracia burguesa.

No Brasil temos como perspectiva real agora uma aliança feita por cima e com apoio de homens que se venderam por trinta dinheiros. O PT- de Lula, Dilma e cia, não o PT que ajudamos a construir, poderá se aliar com o que há de mais atrasado e conservador na política nacional: a oligarquia Sarney. Nas palavras do próprio Manoel da Conceição, lutador, líder camponês, “isto representa a negação de tudo que temos afirmado nas nossas palavras e ações.”.

A luta contra a oligarquia Sarney assim como foi contra a oligarquia ACM tem base na luta dos povos por seus territórios. Da quebradeira de coco, do quilombola, dos trabalhadores rurais que sofrem com o trabalho escravo, do indígena, passando pelo pequeno produtor sem terra. É a luta dos trabalhadores do campo e da cidade. É a luta por uma Universidade Pública com autonomia e com estrutura para educar seu povo que por ora tem que ver sua principal instituição de ensino superior paralisada, sucateada, com seus trabalhadores explorados. A oligarquia sabe por que não pode “dar asas” a UEMA.

Diante de tão terrível perspectiva é que nós dirigentes do Partido Socialismo e Liberdade viemos agora conclamar a todas e todos lutadores que ainda estão na sigla PT para juntos encamparmos as fileiras da luta por um Brasil livre, democrático e fraterno no PSOL partido que foi criado exatamente para ser o abrigo da esquerda democrática. Construindo a frente de esquerda no Brasil com PCB, PSOL e PSTU e romper com Dilma (aliada de Sarney) e Serra aliado das multinacionais marcharmos juntos com Plínio de Arruda Sampaio á presidente. Juntos construiremos as novas bases para o reacenso dos movimentos sociais, através de um projeto popular, e de uma nova trajetória de um partido emanado na força do povo. Um novo instrumento político partidário.

Sabemos o quanto será difícil, pois não basta ter vontade apenas para construirmos um programa que faça com que as massas lutem pelo socialismo, mas também sabemos que a consciência adquirida na luta em torno das mudanças é um elemento essencial para se superar as dificuldades.


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PROFESSOR CARDOZO 50.013 - O DEPUTADO ESTADUAL DO PSOL QUE FAZ A DIFRENÇA NA BAHIA DA RESISTÊNCIA.

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