Por: Professor Cardozo
O candidato do PSOL à Presidência, Plínio de Arruda Sampaio, assumiu o papel de franco atirador e pôs pimenta na discussão ao levantar questões tidas como polêmicas na corrida presidencial. Perguntou a José Serra (PSDB) e à Dilma Rousseff (PT) sobre suas opiniões quanto às propostas de anistia aos desmatadores, a redução da carga horária dos trabalhadores brasileiros e a limitação das propriedades rurais em até mil hectares. Dilma, a primeira a responder, disse não concordar com “medidas que flexibilizem o desmatamento”, se posicionando contrária à anistia. A petista, entretanto, defendeu que a discussão da carga horária tem de acontecer nos sindicatos. “Não é papel do governo substituir os movimentos sociais, e determinar qual a jornada esse ou aquele setor deve ter. Tem setores que tem condições te der jornada melhor, já empresa pequenas e médias tem discussões bastante específicas”, opinou. A candidata não considerou “prudente” impor limites às propriedades agrícolas, mas defendeu medidas em favor da agricultura familiar, como o acesso ao crédito e a assistência técnica. Sobre a última posição, Plinio decretou: “Você está no modelo da desigualdade, e não da igualdade”. O candidato tucano adotou opiniões idênticas à da petista, e aproveitou para alfinetar o atual governo. Sobre o limite de terras, disse: “Tem estoque de terras que foram desapropriadas e não foram distribuídas. Para que procurar essa briga agora? Não faz sentido isso”. Quanto à jornada de trabalho, defendeu que fossem definidas “sindicato a sindicato por todo o Brasil. É um bom debate para ser feito no congresso nacional, mas o engessamento constitucional seria um exagero”. Serra também se posicionou contra a anistia aos desmatadores. Plínio defendeu a redução da jornada de trabalho, para “gerar mais empregos e não impor jornada brutal de trabalho” aos brasileiros. Foi em favor também da limitação das propriedades rurais, para “dar mais terras à população rural do país”.
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