Por Jeorge
Cardozo*
A política é inesgotável. São múltiplos os
nomes colocados a disposição do governador Wagner para sucedê-lo em 2014: Marcelo Nilo, Otto Alencar, Walter
Pinheiro, Luiz Caetano, Rui Costa e Sérgio Gabrielli são as possibilidades
que o alcaide tem para escolher um deles, como candidato à sua sucessão. Quanto
ao primeiro, é filiado ao PDT e têm como trunfo no seu currículo, os diversos
mandatos consecutivos como deputado estadual e de está à frente do comando da Assembléia
Legislativa a quatro mandatos seguidos. No entanto, sem maiores articulações
para ser o indicado do grupo; Otto
Alencar há quem diga que ainda é o herdeiro dos carlistas traidores e ávido
por cargos públicos que, por esta causa, deixaram o grupo carlista e vieram
para os braços do governador, portanto, sem chance de angariar o apoio do PT; Walter Pinheiro, esse sim, tem
história, currículo e preparo para ser o legitimo sucessor (mais a frente,
falaremos sobre as suas possibilidades); Luiz
Caetano, esse corre por fora, no grupo petista, não tem muitas chances,
pois, lhes faltam maiores articulações tanto dentro do PT, como fora dele; Rui Costa é o xodó do governador e tem
chances reais, no entanto, carrega o estigma de ser desconhecido das massas e de
não ser bem visto pelos corregilionários do governador; Sérgio Gabrielli, esse tem a simpatia do ex. presidente Lula e até
do governador, no entanto, a sua gestão frente à Petrobrás foi desastrada e tem
deixado muitas lacunas para os adversários caírem matando, caso seja ele o
indicado.
Na minha humilde análise, para o grupo do
governador continuar no poder baiano, a chapa ideal seria a de Walter Pinheiro para o governo, Otto Alencar para o senado e Marcelo Nilo para a vice, com essa
conjuntura aí delineada, o governador Wagner teria maiores chances de vitória,
já que o seu governo, devido a fatores como a seca, greve dos professores e
policiais recentes, teve certo desgaste que lhe custou à derrota na sucessão de
Salvador com Pellegrino e, ainda, poderá trazer alguns resquícios para a
sucessão estadual. Quanto aos demais nomes ficarão as disputas para a câmara
federal e para a assembléia legislativa como consolo. Já o caso de Caetano é
mais complicado, pois, se pleitear uma vaga para a câmara federal, poderá
prejudicar Pellegrino que vem em processo de declínio desde a última eleição,
e, se pleitear à assembléia, deixará a sua esposa de fora, tendo em vista que a
mesma já é deputada estadual.
Portanto, esse é o dilema de Wagner para a
sucessão estadual de 2014, como ele mesmo já disse, irá pleitear uma vaga para
a câmara federal e atuar como puxador de votos para eleger uma bancada forte
para o congresso.
Quanto à oposição, só terá alguma chance se saírem
unidos, ou seja, tiverem no mesmo palanque ACM-Neto,
Paulo Souto, Imbassahy, José Ronaldo, João Henrique, Geddel e etc., fora
disso, correm o risco de perderem no primeiro turno novamente. O grande
problema enfrentado pelo grupo é o de encontrar um nome de consenso que
aglutine todas as forças. No entanto, como fiz com o grupo de Wagner, que delineei
a chapa ideal, vou aqui também, ousar a indicar uma chapa competitiva: Geddel para o governo, Paulo Souto para o senado e João Henrique para a vice, me parece, a
priori, a alternativa salutar para o grupo liderado por Neto, ficar
competitivo, fora disso, derrota certa.
Destarte, a esquerda de verdade, aglutinadas
no PSOL, PSTU, PCB, PCO e,
ultimamente, com a construção do partido Rede
Sustentabilidade, não se sabe se irão fazer uma grande frente de esquerda e
formar um palanque competitivo para incomodar os chamados favoritos ou se vão
apenas, tentarem elegerem parlamentares para a câmara federal e para a assembléia
legislativa.
Ademais, é esperar para ver, mas, nas minhas
últimas análises, não tenho errado... Ufa, deixei a humildade de lado, é isso.
*Jeorge Luiz Cardozo é professor
mestre.
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