Por Jeorge
Luiz Cardozo
Mas
como se põe o povo em relação à política e o político nos dias de hoje? Há crenças
no político e na política atualmente? Essas perguntas representam uma posição embaraçosa.
Por força da tradição, a política e o político ‘e palidamente respeitada, mas,
no fundo, objeto de desprezo pela maioria da população brasileira. A opinião corrente
‘e de que a política e o político nada fazem e carece de qualquer utilidade prática.
‘E escachada em público, mas, existirão realmente fundamentos nessas analises? A
incapacidade técnica e moral de grande parte dos políticos merecem tal descrença.
A descrença
se traduz no fato de que a cultura política delineada em nossa sociedade ‘e de
que, os políticos, na sua maioria, na fazem nada, só compram votos, e, depois,
eleitos, só fazem roubarem. Destarte, a população mais carente (que são a
maioria), não a compreende; diz que está além do seu alcance; não tenho vocação
para ela; e, portanto, não me diz respeito. Ora, isso equivale dizer: ‘e inútil
o interesse pelas questões fundamentais da política; cabe as massas absterem-se
de pensar no plano geral para mergulhar, através de trabalho consciencioso, num
capitulo qualquer de atividade prática ou intelectual o que seja a política e o
papel do político; quanto às minorias, abastadas, essas dominadoras do capital
e, portanto, detentoras dos meios ideológicos de dominação fomentam essa idéia
de que política ‘e coisa de poucos, especialmente, de quem tem capital.
A polêmica
torna-se encarniçada, por um instinto vital, ignorado de si mesmo, odeia a política
e o político, mas, no entanto, na hora H, fazem campanhas ferrenhas pra seus
candidatos, geralmente, em troca de pagamento, ou, deslumbrando uma
possibilidade de emprego.
Essa
idéia ‘e perigosa. Se o povo a compreendessem tal teoria, adquiriam outro
estado de espírito, veriam a política e o político, como sujeitos que são pagos
para cuidar da coisa pública, e, não negociadores de votos e de cargos.
‘E
dessa má crença, que surgem os detratores que desejam afirmar que todo político
não presta e são ladrões. Portanto, ‘e preciso substituir essa velha fórmula de
se fazer política, por algo novo e totalmente diverso. Ela, a política e o político
são desprezados como produto final e mendaz de uma cultura falida. A insensatez
das preposições do povo e, até mesmo, dos políticos, ‘e ironizada. E a política
vê-se denunciada como instrumento servil de poderes e ostentações para poucos.
Muitos
políticos vêem facilitando seu nefasto trabalho pela ausência de uma cultura ética
e moral inclusiva. Massas são manipuladas quando não pensam, mas tão-somente
usam de uma inteligência de rebanho. ‘E preciso impedir que as massas se tornem
sensatos. Mais vale, portanto, que a política e o político sejam vistos como
algo entediante, longe do alcance das maiorias, para que, essas minorias
abastadas, se apossem do poder, criando essa idéia de distancia entre os “cidadãos”
e o poder político e econômico vigente.
Assim,
a política e o povo se verem rodeado de inimigos, a maioria dos quais não tem consciência
dessa condição. A autocomplacência burguesa, os convencionalismos, os hábitos
de vender e comprar votos dá a política e o político o “status” de autodistante
das massas.
Embora
pareça crer que todos os políticos são corruptos, essa ‘e uma premissa falsa.
Temos como poucos exemplos de nomes na política que, historicamente são honestos
e, aqui tomamos a audácia de citar alguns nomes: Eduardo Suplicy, Pedro Simon,
Waldir Pires, Ivan Valente, Heloisa Helena, entre outros menos conhecidos que, até
que se prove ao contrario, são honestos.
O
que precisamos então, ‘e de educar melhor o povo, partindo pelos próprios educadores
que, no nosso dia a dia, são os primeiros a se utilizarem da má fé no processo
eleitoral, apóiam candidatos em troca de angariar futuros cargos e, até mesmo,
buscar promoções. Eis ai, uma das causas da grande descrença das massas na política
e no político, a péssima qualidade da educação.
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