segunda-feira, 31 de maio de 2010

- Em debate no TUCA, Plínio fala sobre programa

Por: Professor Cardozo

29 de maio de 2010

Plínio Arruda Sampaio, pré-candidato à Presidência da República pelo PSOL, participou neste sábado de um debate no teatro da PUC-SP, o TUCA, promovido pelo Centro Ecumênico de Serviços à Evangelização e à Educação Popular (Cesep). Na mesa, Frei Betto, Chico Whitaker, padre Beozzo e o professor Luiz Eduardo Wanderley.

Frei Betto, o primeiro a falar, ressaltou a importância da participação política e leu seu texto “Declaração de voto”. Betto não declarou abertamente em quem votará, mas a análise de seu artigo indica caminhos.

Durante o debate, Chico Whitaker, sócio-fundador do Transparência Brasil e um dos intelectuais que assinam o manifesto de lançamento da pré-candidatura de Plínio, criticou duramente o pagamento dos juros e serviços da dívida pública. E afirmou que “neste governo estamos com um montão de frustrações”.

Destacou entre os pontos prioritários do programa a ser apresentado na campanha a reforma agrária, com limitação da propriedade rural – pauta que a CNBB e o MST estabeleceram também como reivindicação, com limite de mil hectares. Plínio voltou a citar que no governo João Goulart, a proposta do plano de reforma agrária enviado ao Congresso Nacional, do qual Sampaio foi relator, estabelecia o limite em 500 hectares. Além da reforma agrária e urbana, a socialização da saúde e da educação também foram destacados.

Mesmo estando entre católicos, Plínio fez questão de dizer que sua campanha pretende debater também os temas das opressões e a defesa da livre orientação sexual. “Temos que acabar com a hipocrisia de que quem tem uma opção sexual distinta da nossa não pode casar ou educar filhos. Isso é um atraso!”. O pré-candidato do PSOL à Presidência também defendeu a legalização do aborto, ressaltando que não se pode fechar os olhos para uma realidade que existe e que este é um tema de saúde pública. “Eu, pessoalmente, como cristão, sou contra o aborto. Mas como homem público, como um governante, não posso impor a minha fé a todos”.

Respondendo a uma pergunta da platéia sobre a reforma tributária, Plínio foi enfático: “Sou a favor da reforma tributária para os ricos pagarem mais e os pobres pagarem menos”.

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