sexta-feira, 6 de fevereiro de 2015

PETROBRÁS: INVESTIGAÇÃO OU TENTATIVA DE GOLPE “BRANCO”?

Por Jeorge Cardozo

Assim como as operações da natureza, as histórias humanas também são governadas pela lei cientifica, diferentemente, de todas as interpretações religiosas.

Dessa forma, parafraseando Marx, o mundo e a política e as suas causas, efeitos e consequência podem ser entendidos racionalmente. As pessoas tem liberdade de criar sua própria história e desconstruírem às falsas ideologias, mas para fazerem isso deve compreender o significado da história, da ideologia, da alienação e suas leis. Os fatores econômicos, tecnológicos e políticos, o modo pelo qual as elites políticas e econômicas dominantes se utilizam da cultura, da política, das leis, da religião, da moral e da filosofia para gerar golpe contra as classes trabalhadoras – veja o caso do Paraguai, recentemente.

“A tecnologia material – os métodos de cultivo da terra e os instrumentos para a fabricação de bens de consumo – determinaria os arranjos sociais e políticos da sociedade e as perspectiva intelectuais. Exemplo disso foi a Revolução Francesa, cujos líderes, os burgueses, atacaram os remanescentes feudais e proveu a livre competição, a expansão comercial e transferiram o poder da aristocracia proprietária de terras para os poderosos das finanças e da indústria. Essa mudança era necessária porque as bases econômicas da sociedade tinham sido radicalmente alteradas desde o feudalismo medieval” (Marx/Engels).

A classe política empresarial brasileira usa o poder político para proteger e incrementar seus interesses e tentar golpe “branco” contra o governo dos trabalhadores, a la Paraguai. Controlando a produção material e também a produção intelectual, apresentam como padrões morais e religiosos, suas ideias são encaradas como verdades, refletindo os interesses econômicos da classe dominante na política nacional.

A elite política brasileira preconizada no PSDB/DEM, com ramificações em todos os partidos, em especial, no PMDB, não aceitam a própria democracia defendidas em seus discursos, que deram ao PT, o quarto mandato, legitimado pela maioria do eleitorado nacional. Agora, via parlamento, tentam desestabilizar o governo e, até mesmo, articularem um golpe “branco”, arranjado, como fizeram a elite política tradicional paraguaia, contra o então presidente, Fernando Lugo.

O Brasil não é o Paraguai – esperamos – portanto, cabe ao povo brasileiro ficar de olho no que está por trás dessa tentativa de golpe “branco” preconizada nos discursos dos perdedores do pleito de 2014.


Entendemos que a Polícia Federal tem exercido o seu papel policial e social, na condução das investigações. Portanto, esperamos que tudo sejam esclarecidos e que todos os culpados sejam devidamente punidos pela justiça. Agora, tentativa de politizar os acontecimentos, paralisar o país, criar discurso golpista, terá de ser combatido, por todos os cidadãos da pátria nacional.

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