Por Jeorge Cardozo
INTRODUÇÃO
Em face de um modo de fazer político
considerado familiar, governado por grupos políticos capazes de reconfirmar
essas crenças, um especialista em política como eu e outros, pode surgir como
alguém estranho, irritante e intrometido dentro do estabelecido. Por colocar em
questão visões políticas que são consideradas subversivas contra a ordem
estabelecida, tido como dado, elas, nossas ideias, tem o potencial de abalar as
confortáveis certezas das nuances políticas locais, fazendo interrogações que
ninguém quer se lembrar de fazer e cujas simples menção provocam ressentimentos
e tentativas de isolamentos por parte daqueles que detêm interesses
estabelecidos.
Há quem se sintam incomodados ou
ressentidos se algo que dominam e de que se acham donos for questionado ou
desvalorizado porque foi questionado. Por mais compreensível, porém, que sejam
os ressentimentos assim gerados, a desfamiliarização do poder político local se
faz necessário para que novos (as) atores políticos com ideias novas possam
suceder a velha política e a velha ideia pode ter benefícios evidentes. Pode em
especial abrir novas e insuspeitadas possibilidades de desenvolvimento local
com mais consciência sustentável e coletiva, mais compreensão do que nos cerca
em termos de uma res publica (coisa pública) mais completa, de seu
desenvolvimento social e talvez também com mais liberdade de criação e escolha.
O SILÊNCIO
O que mim fez fazer as
considerações acima, é o cenário político almeidense em 2016, que se apresenta
momentaneamente nas minhas observações que assim como a coruja que do alto
observa mais do que canta, vir-me compelido em observar mais nos últimos anos
do que falar. Digo isso, pois, assim que acabou o pleito passado, debrucei-me
nas analises dos fatos do pleito e de seu resultado e fui mal compreendido por
muitos. Observara também naquele momento, de que a eleição do vereador Dílson
tornava-se um divisor de águas no futuro político local. De fato, minhas
analises estavam certas. Na oportunidade, chamei à atenção de ITO e de AUCI
através dos meus escritos, para a oportunidade do ponto de vista político e
estratégico que isso representava.
VEREADOR DÍLSON
Por falar no vereador Dílson,
quero dedicar algumas linhas desse texto para fazer algumas ponderações a cerca
do seu mandato. É fato que ele, Dílson, em nível de atuação na câmera de
vereadores, deixa um pouco a desejar, mas, é fato também, a sua correria em
busca de melhorias para as comunidades onde obteve votação (dar um bom vice).
Outro fator que chama à atenção é a sua capacidade de manutenção do grupo que o
ajudou na sua eleição (obviamente que isso tem um custo financeiro razoável a
se considerar o que ganha um vereador no município), tendo entre eles alguns
cabos eleitorais históricos de Joel Neiva que hoje estão fechados com Dílson no
seu projeto político, seja para a reeleição de vereador ou para outro voo como
vice (até quando, não se sabe). É esperar para ver!
QUESTÕES GERAIS E O PREFEITO ARMANDO
Voltando as questões mais gerais
da política almeidense, é oportuno falarmos da conjuntura política que ora se
apresenta para 2016, no que tange aos candidatos colocados até a presente data.
O meu primeiro questionamento é se o grupo que elegeu o médico Armando (digo
médico porque até onde eu sei, ele, Armando ainda não fez doutorado, pois, quem
é doutor é quem faz doutorado, portanto, com todo respeito, médico) vai
continuar coeso para a sua reeleição ou de outro nome do grupo ou vai haver
racha? Se continuar coeso, terá boas possibilidades no cenário que ora se
apresenta para 2016; se não, vai ter muitas dificuldades. Se o candidato for o
médico Armando, ainda que o grupo saia coeso, terá as mesmas dificuldades,
pois, o próprio Armando continua a dizer que ele não é político de carreira,
está político, mas, no entanto, se ele quer ou queria continuar, teria que ter
aprendido ser político para sobreviver nesse mundo “escroto” que é a práxis
política. Se não o fez até agora, não há mais tempo para fazê-lo, portanto, a
“vaca” já foi para o brejo e só ele ainda não viu, pois, parte do próprio grupo
que o elegeu, criou o lamaçal para atolá-lo.
(Nada pessoal contra ninguém é só
uma analise política de um especialista, do Jeorge Cardozo político, falo
depois).
JOEL NEIVA I
Joel Neiva continua a mesma
“raposa” da politica local, sabe tudo e um pouco mais. Por falar em Joel Neiva,
foi o único a me procurar sobre eleição 2016, demostrando que continua, a
saber, as nuances colocadas pela práxis política de apoio e alianças. Assim como
eu, não guarda mágoas, se a guarda, sabe muito bem como disfarçá-las (risos) e
isso é muito importante para um líder político. Destarte, continua a dizer que
será o candidato do grupo; se a lei o permitir, a conjuntura o ajudar e do que
eu conheço dele, vai meter as caras mesmo e se assim o for, vai pra ganhar. O
cenário se torna interessante ainda mais, pois abre perspectiva do embate tão
esperado JOEL X ITO, quem viver verá, o bicho vai pegar (risos).
O DIFERENCIAL COCA
Destarte, COCA se apresenta como
alternativa para o grupo caso não der para Armando e nem para JOEL. Este nutre
de uma simpatia singular, pelo seu caráter, simplicidade, capacidade de gestão
e outros atributos, e, caso o grupo saia coeso em torno do seu nome com um vice
como ANISIO ou JOEL JR., caso não der para Joel, pode e vai atrapalhar em muito
os planos de ITO de voltar ao paço municipal almeidense.
ITO
Quanto a ITO, a priori, assim
como o foi na eleição anterior, se apresenta como franco favorito, mas, como
eleição não se ganha de véspera, é bom botar as “barbas de molho”, pois, já
dizia Marx que a história tem um caráter repetitivo, só que na primeira vez ela
se apresenta como farsa e na segunda como tragédia, portanto, cautela não faz
mal pra ninguém. Cabe a Ito ter humildade e acima de tudo, saber fazer política
que, a priori, parece que continua o mesmo turrão, querendo fazer tudo sozinho,
cuidado... Ao que parece, embora ele não tenha humildade para admitir, a ideia
delineada por mim, nas minhas analises políticas de ter o vereador Dílson como
vice, parece que ele tem tentado costurar essa embreagem. O que não se sabe é
se Dílson vai querer deixar o PT, pois, dentro da conjuntura atual, Dílson não
tem o controle político da legenda no município, e não tem porque assim como o
Armando, não é político, está na política, mais é voluntarioso e quer aprender.
Portanto, se ITO conseguir
costurar essa aliança com Dílson, ele entrará forte nas bases de Joel Neiva que
está a observar o caminhar dessa costura para agir no Terceiro Distrito.
JEORGE CARDOZO
E onde JOERGE CARDOZO entra nessa
história? Obviamente, como é do conhecimento de todos, fui aprovado em um
concurso federal e estou no aguardo da minha convocação que, a priori, já era
pra ter acontecido, mas, no advento da crise política e econômica enfrentada
pelo governo federal, atrasou todo o processo de convocação e como a data
máxima para filiação e decisão política passou para março de 2016, até lá, Deus
proverá o futuro. (Mas, no entanto, como disse acima, caso o vereador Dílson
aceite) (eu no lugar dele aceitaria o desafio ser vice na chapa de ITO), caberá
a mim, caso Joel mister proceda, ser o protagonista do grupo na disputa no
Terceiro Distrito. Obviamente que só aceitarei tal projeto de tiver o apoio
total de Joel, Alemão e Neivinha aqui na região, não entrarei para fazer
número, entrarei para ganhar de “cabo a rabo”, vereador e prefeito.
A CONJUNTURA QUE SE APRESENTA
Exemplificando: é fato hoje, que
o vereador Dílson exerce uma liderança aqui na região e tem um dinheirinho pra
gastar e caso aceite o convite de ITO e seja o seu vice, abrirá uma lacuna aqui
na região para os interesses do grupo de JOEL NEIVA que, hoje, conta com Babi,
Flor e Veio. São bons nomes, mas, no entanto, não tem o preparo político e
acadêmico necessário para fazer uma disputa de grupo e ideias importante como
esse. Portanto, caberá a JEORGE CARDOZO essa responsabilidade, desde que JOEL e
os Irmãos, mister procedam e compreendam a importância dessa articulação para o
bom êxito do projeto aqui na região. Como assim, você pode está se perguntando:
JEORGE CARDOZO na eleição passada não fez a disputa ao lado de ITO? De fato,
fez sim, mas, foi um “namoro que não deu em casamento”, pois, fiz duas disputas
ao lado de Ito 2008 e 2012 e não tive à atenção necessária do grupo para a
minha eleição. Como sou o político do povo e quero me eleger com o apoio do
povo e para o povo, trabalhar, respeitando e atuando no grupo que der o apoio
necessário a esse projeto, entenderam? E como fica o concurso caso aceite fazer
a disputa política local? A Lei preconiza que um funcionário público civil
saindo candidato a cargo político e venha a ser eleito que, caso haja
compatibilidade, pode desempenhar as duas funções e caso não seja compatível,
poderá escolher o cargo político sem perder os benefícios do cargo público. Isso
é importante em um município pequeno como o Almeida, para o vereador puder
ajudar mais a quem precisa.
ANALISE FINAL
Como analise final, quero
reiterar as minhas observações feitas aqui nesse texto, com as seguintes
questões: Se a política local sair três candidatos, ou seja, o médico Armando
perca espaço no grupo atual para reeleição e resolva sair sozinho; Joel Neiva e
seu grupo lancem um nome e Ito como já é certo, ele, Ito, será o grande
beneficiado principalmente se conseguir viabilizar Dílson como vice. Portanto,
é importante que o grupo que elegeu Armando saia coesa, ou com poucas perdas, (Dílson,
por exemplo), de preferencia com um nome leve, capaz de aglutinar todas as
forças políticas e heterógeneas existentes. Caso contrário, as chances de vitórias
serão muitas reduzidas, enfim, fé no que virá.
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