Por Jeorge
Cardozo*
Vou começar esse texto com uma pergunta? Então vamos lá. O Governador
Jaques Wagner está se achando a “nova cabeça branca” da política baiana, ou
está subestimando os seus adversários, ou quer deixar tudo entre família, já que
dizem por aí que a filha do governador está a namorar o prefeito almofadinha
ACM-Neto, ou quer deixar a Bahia entre amigos, tendo Rui Costa como seu fiel
escudeiro, desde as épocas de militância sindical, no Sindiquímica. Posso dizer
que o governador embora tenha ganhado duas eleições de forma espetaculares,
mas, quando se trata de eleger parceiros, deixa a desejar é só vermos o que
aconteceu com Pelegrino. Entendemos que o seu governo tem realizado boas ações,
principalmente na área social, estradas, desenvolvimentos locais, mobilidade
urbana e etc., e, é duramente criticado nas áreas de segurança pública,
educação, saúde (embora tenha inaugurado vários hospitais regionais, que, só
resolve, a priori, os problemas emergenciais), ficando devendo, em muito, na
área da saúde preventiva, que leva meses para se marcar um simples exame ou uma
consulta, quando se trata de especialistas em todas as áreas.
De forma resumida, voltando à questão da sucessão baiana de 2014,
podemos dizer que o candidato mais preparado politicamente e tecnicamente dentro
dos quadros petistas, é o senador Walter Pinheiro, esse tem um grupo político
forte internamente no partido e tem desenvoltura a nível nacional para
implementar no estado politicamente e administrativamente. Mais como é comum na
política nacional e aqui na Bahia não é diferente, o governador Wagner quer um
candidato com perfil mais técnico do que político, ou seja, o indicado
administra e ele, Wagner, faz política, olhe Lula com Dilma, por exemplo.
No entanto, no meu
entendimento, Wagner está se achando o cara “esse cara sou eu”, ou melhor,
dizendo, eu sou o novo “Cabeça branca” da Bahia, eu mando, o PT atende, pois,
com Walter Pinheiro, as coisas não seriam bem assim, pois, sendo Ele o governador,
obviamente, iria ouvir as experiências do ex., mas, no entanto, só seguir as
suas ordens, longe disso, o senador tem personalidade e independência para tal.
Destarte, Wagner continua a subestimar
os seus adversários, ao que tudo indica, indicando o nome de Rui Costa que é
quase desconhecido das massas, demonstra que a “nova cabeça branca”, está a
confiar por demais no seu taco para elegê-lo governador. No entanto, Wagner
está esquecendo que a oposição embora “moribunda” está a se recuperar e, saindo
unida em torno de um nome com viabilidade eleitoral, poderá incomodar em muito,
as pretensões do governador.
Lembramos ainda, da candidatura
da também senadora Lídice da Mata, trata-se de uma figura feminina e enigmática
na política baiana, que, ao fazer palanque para a dupla Eduardo/Marina ou vice-versa,
vai incomodar em muito, as pretensões dos petistas. Portanto, cuidado
governador, ponhas as barbas e as madeixas brancas de molho, pois, o bicho não
é tão manso como está a imaginar. Quem avisa amigo é.
*Jeorge Luiz Cardozo é professor mestre.
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