Por Jeorge Cardozo
Vivemos momentos de perplexidade
em face da violência do mundo contemporâneo. Digo isso após vivenciar nos
últimos dias, dois fatos que fez com que debruçassem nos teclados para tentar descrever
esses dois acontecimentos.
Há pouco mais de um mês os
americanos, com o apoio do ocidente, bombardeou o hospital da Organização
Internacional Médicos Sem Fronteiras matando médicos, enfermeiras, enfermos,
adultos e crianças com o apoio do ocidente e foi noticiado por aqui e no mundo
como acidente e não como terrorismo.
Passado pouco mais de um mês, a
França é sacudida por outro ato de intolerância praticado pelo chamado Estado Islâmico
e o mundo ocidental se mostra perplexo e trata o ato como terrorismo, e o é,
assim como o ataque dos americanos ao hospital também o é.
Quero aqui nesse texto chamar à
atenção dos desavisados que esses países onde hoje, germina o Estado Islâmico,
antes eram nações que, bem ou mal, tinham os seus governos nacionais que foram
desestabilizados pelas potencias ocidentais, com a intenção de pilhar as suas
riquezas, criando o caos e dando espaço para que grupos radicais germinassem e
criassem raízes.
O que quero lembrar a você com
esse texto, é que esta “guerra” não declarada tem um caráter político, econômico,
ideológico e religioso preconizado por dois paradigmas; de um lado, o modelo hegemônico
capitalista dominado pelos Estados Unidos e as potencias ocidentais e de outro,
grupos contrários a esse paradigma, como o Estado Islâmico, por exemplo.
A grande questão é a capacidade
ideológica do capitalismo que nos faz acreditar que, o que eles fazem é o
correto e para o bem de todos. Destarte, quem se opõe a essas ideias, no caso o
estado Islâmico, é inimigo de todos e tratado como terroristas e eles, como
guardiões do mundo.
Portanto, ninguém é inocente
nessa luta. O que vivenciamos é intolerância e pilhagem por toda parte, criam
um mundo onde a ganancia, opulência e intolerância toma lugar, um mundo mais
luta e opulência do que luar.