quarta-feira, 16 de janeiro de 2013

- SOBRE A POLÍTICA ALMEIDENSE!


                                      

Por Jeorge Luiz Cardozo*

    Há momentos em que o passado se revela em mim, e isso acontece porque sou provocado. Tinha dito que não mais falaria sobre o resultado da eleição Almeidense de 2012... o que já não é tão comum. Já falei em artigos anteriores sobre a compra de votos desavergonhada feita pelo grupo vencedor do pleito almeidense. No entanto, fui provocado por um individuo desse grupo que, tem lá suas razões quando disse que Ito também comprou votos e, de fato, é provável que o tenha comprado. Mas, vou mais longe. Se de fato, Ito comprou votos, no entanto, gastou muito e de forma errônea. Digo isso porque se o dilema da política almeidense é o que, quem ganha tem que comprar votos (não que concorde com essa premissa, mas, foi isso que aconteceu), cabia a Ito então, gastar melhor o seu dinheiro, digo, dinheiro da campanha, quando o alcaide fez tantas carreatas com gastos astronômicos, poderia então, ter guardado o dinheiro pra os últimos dias de campanha quando, na verdade, houve o assedio financeiro do grupo vencedor sobre o eleitorado, fazendo cair por terra todas às pesquisas que, até então, dava vitória folgada a Ito.
   
   Pra um simples professor de filosofia política como eu, ao analisar tal fato, verificamos que houve, por parte de Ito e seu grupo, se não, certa ingenuidade ou, subestimou os seus adversários. Seja lá qual foi à alternativa, somos levados a crer que Ito perdeu a reeleição pra se mesmo, ao passo que cometeu erros ingênuos durante a campanha. É claro, que não podemos tirar o mérito do grupo vencedor que, foi mais inteligente e, acima de tudo, demonstrou ter um grupo mais coeso e com mais experiência e, por que não, com mais dinheiro do que o grupo de Ito. Se não tem mais dinheiro, soube melhor gastar.
  
  O lamentável de tudo isso, fica por conta da população almeidense que, foi educada ao longo de sua história política, como sendo ela, a política, objeto de favores e compras de votos. Ta explicado então porque o nosso querido município continua o mesmo, ou seja, sem desenvolvimento, sem educação de qualidade, sem saúde de qualidade, etc., etc., etc.
   Enquanto os agentes públicos almeidenses não tomarem vergonha na cara (se é que os tenham) vamos construir um Almeida com prisma deformado e sua gente viverá mais miséria e falta de necessidades básicas, do que luar.
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*Jeorge Luiz Cardozo é professor universitário mestre.

-A JUVENTUDE E A EFEMERIDADE DO AMOR!


                                     

Por Jeorge Cardozo*

   Todo amor é um portal aberto pra outra dimensão: o inesplicado. O amor é uma verdadeira metáfora do tempo, transformando, na maioria das vezes, pessoas sérias em assassino e assassino em pessoas sérias, pois, o que temos diante deste gesto é uma metamorfose de explosões cósmicas diante de nossos olhos. Costumamos dizer que o amor é o mais belo dos sentimentos, como se ele, não fosse efêmero e, muitas vezes, passam em nossas vidas como um relâmpago e, em outras, como uma eternidade, e isso não deixa de ser verdade. Entretanto, existe algo hoje em dia, que descongela ou afirma essa premissa: nossa juventude atual. Pra essa ‘galera’, o amor é uma varinha de condão que descongela o sentimento no instante em que ‘ficam’ com outro (a).
   Pra essa ‘galera’ o amor é um sentimento que tem sua efemeridade no instante que aparece outro (a), pra dar a tal da ‘ficada’, e cada pessoa que mergulha nessas efemeridades diversas, deixam um novo ente, geralmente para os avôs criarem e, logo, saem atrás de outra ‘ficada’: cada um só encontra no amor, o que fez dele. Além disso, o significado do amor muda com o passar de uma boca pra outra, pois, beijar na boca hoje em dia, nas baladas é questão de disputa entre os jovens. Até aí, tudo maravilhosamente bem, pois, quem não gosta de beijar? Eu adoro. O Problema é a tal ‘ficada’, que, deixa um novo ente, geralmente pra os avôs aposentados dar conta.
   Variam, também, os níveis de percepção dessa efemeridade do amor na atualidade. Isso acorre, na verdade, dentro de um novo paradigma delineado pelos meios de comunicações de massa, em especial, a televisão, com todas as suas artes: novelas, programas de auditórios adultos e infantis, filmes e etc., com suas artimanhas que, até mesmo a classe média que tem certo acesso ao conhecimento, não é capaz de perceber as dimensões ideológicas delineada pela sociedade de consumo inteiramente insuspeitas para os leigos. Da mesma forma, o amor efêmero tem se consolidado como forma moderna de relação, caso hoje, pra dar trabalho ao judiciário amanhã pra fazer o divórcio. Por isso, não caso, ficar e beijar na boca é muito melhor. Sem filhos inesperado, claro.
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*Jeorge Luiz Cardozo é professor universitário mestre.