quinta-feira, 6 de setembro de 2012

Planter coloca ACM Neto com 39% e Nelson Pelegrino com 21,6%


por Jeorge Cardozo

Pesquisa divulgada nessa quarta-feira (5/9) pelo Planter – Observatório do Comportamento e Tendências aponta uma ligeira queda do líder dos levantamentos dos demais institutos para a prefeitura de Salvador, ACM Neto (DEM).
De acordo com os dados obtidos a partir de entrevistas com 2.000 pessoas, entre os dias 29 de agosto e 1º de setembro, o democrata continua na ponta, com 39% das intenções de voto, seguido pelo petista Nelson Pelegrino, que atingiu 21,6%, ultrapassando pela primeira vez a casa dos 20 pontos percentuais.
No levantamento estimulado, quando o entrevistador indica quais são os concorrentes no pleito, Mário Kertész (PMDB) obteve 9,3% das intenções de voto e Mário Marinho (PRB) 5,9%.
Rogério Da Luz (PRTB) e Hamilton Assis (PSOL) apresentaram um crescimento significativo com relação às demais pesquisas divulgadas, tendo preferência de 3,6% e 3,5% dos eleitores, respectivamente.
Votos brancos, nulos e indecisos somaram 17,5% dos entrevistados.
As diferenças apresentadas entre a pesquisa do Planter e as divulgadas anteriormente sugerem a influência do horário eleitoral gratuito nas opções dos eleitores – o horário eleitoral gratuito está no ar desde o dia 21 de agosto. A margem de erro da pesquisa é de 2,2% para mais ou para menos.
O Observatório mensurou ainda o índice de rejeição de todos os candidatos ao Palácio Thomé de Souza.
Diferente das informações aferidas nas outras pesquisas, Pelegrino aparece à frente, com 20,3% dos entrevistados, afirmando que não votariam de jeito nenhum no petista para prefeito. ACM Neto está na segunda posição, com 18,9%, seguido por Kertész, com 15,7%. Da Luz, até então apontado com o maior índice de rejeição entre os favoráveis, foi a resposta de 11,2% dos eleitores, enquanto Hamilton Assis e Marinho foram indicados por 5,8% e 5,6%.
Apesar de ser a primeira pesquisa a tentar qualificar o resultado dos dados obtidos na sondagem espontânea, 29,6% dos entrevistados não opinaram quais as razões para optarem por um dos candidatos.
No total, houve algumas centenas de respostas distintas para explicar o porquê de um candidato ter sido escolhido em detrimento a outro.
Nesse levantamento, quando não são dados os nomes dos prefeituráveis, ACM Neto também lidera, com 36,3% das intenções de votos, seguido por Pelegrino, com 19,6%. Mário Kertész foi apontado por 8,7% dos entrevistados, Márcio Marinho por 5,8%, Da Luz por 3,4% e Hamilton Assis por 3,3%. Votos brancos, nulos ou não responderam somaram 23,1%.
A pesquisa simulou ainda três embates no segundo turno das eleições, com os três candidatos que melhor pontuaram na pesquisa, ACM Neto, Nelson Pelegrino e Mário Kertész.
Tanto na disputa com o petista quanto com o peemedebista, ACM Neto sairia vitorioso das urnas, com 45,2% dos votos contra 31% de Pelegrino e 48,5% dos votos contra 24,2% de Kertész, uma diferença maior.
No caso de uma disputa entre Pelegrino e Kertész, o petista teria vantagem, com 40,6% dos votos contra 27,6%.
O Planter questionou ainda os eleitores sobre as avaliações dos governos municipal, estadual e federal.
O prefeito de Salvador, João Henrique (PP), teve a administração considerada negativa por 79,5% dos entrevistados. Apenas 1,1% dos entrevistados considerou o governo municipal muito bom.
Jaques Wagner (PT) foi mais bem avaliado na pesquisa, mas ainda assim obteve 73,3% das avaliações como muito ruim, ruim ou regular.
A presidente da República, Dilma Rousseff (PT), foi na contramão dos demais governantes e ficou avaliação boa ou muito boa para 51,6% dos entrevistados.
O registro no Tribunal Superior Eleitoral é BA-00101/2012.

PT já admite rompimento com o PSB


por Jeorge Cardozo

O presidente nacional do PT, Rui Falcão, afirma que o partido já vê um eventual rompimento com o PSB nas eleições presidenciais de 2014. Isso porque, na sua análise, o tradicional parceiro indicou o presidente da legenda e governador de Pernambuco, Eduardo Campos, que pretende alçar voo solo e poderá, inclusive, estar ao lado dos tucanos.
“Acho que há uma disposição do PSB de se fortalecer, colocando na ordem do dia a possibilidade de disputar 2014 fora do nosso bloco”, disse Falcão, em entrevista concedida na semana passada, antes que o deputado João Paulo Cunha (PT) desistisse de concorrer à prefeitura de Osasco após ser condenado pelo mensalão - Falcão trabalhava então com a hipótese de absolvição.
Sobre o estranhamento com o PSB nas disputas em Belo Horizonte, Recife e Fortaleza, Rui Falcão, disse que será mantida a parceria estratégica com o PMDB.
Segundo ele, as outras disputas são locais, “não são elas que estão pautando necessariamente alguma mudança de postura em relação ao PSB, por exemplo.” Para ele, o rompimento em Recife foi provocado pelo PSB. “Belo Horizonte foi um episódio local, mas a direção nacional do PSB não interveio para corrigir.
Ela ameaçou, mas recuou e permitiu que a aliança fosse rompida por uma falta de palavra do prefeito Marcio Lacerda, que não honrou um compromisso escrito, inclusive.”
Falcão nega que houve qualquer ressentimento pessoal com relação ao governador Eduardo Campos. “Não misturamos disputa política com questões pessoais. Não tenho nenhum ressentimento. Acho que há uma disposição do PSB de se fortalecer, o que é legítimo, mas também colocando na ordem do dia a possibilidade de disputar 2014 fora do nosso bloco”, disse. Para ele, essa hipótese deve ser analisada, mas não agora, uma vez que rearranjos partidários podem ocorrer após a eleição municipal, com fusão e surgimento de outros partidos, negando possível fusão entre o PSB e o PSD, embora avalie que em um eventual voo solo do PSB possa ser feito com o PSDB. “É uma possibilidade que não podemos descartar. Isso pode vir a ocorrer.”
O presidente do PT garantiu que o PSB continua a participar do governo federal. “Vamos nos empenhar pra que isso continue a ocorrer. Não queremos misturar o rompimento na eleição municipal com a questão nacional”, afirmou. O comportamento de Eduardo Campos foi diferente em São Paulo, com sua atuação de apoio ao candidato do PT à Prefeitura da cidade, Fernando Haddad, porque “ele tinha um compromisso pessoal com o Lula”, explicou Rui Falcão.
“Ainda assim, ele cobrou várias contrapartidas. E nós atendemos. Até demos a mais. Caso, por exemplo, de Aracaju, que não tinha sido pedido e retiramos a candidatura para apoiar o candidato do PSB. Tudo o que ele pediu nós atendemos.” As informações são do jornal O Estado de S.Paulo.