segunda-feira, 19 de setembro de 2011

- Seguir no caminho de um PSOL militante e programático

POR: PROF. CARDOZO

As teses apresentadas ao III Congresso Nacional do PSOL e a última reunião do Diretório Nacional (03 e 04 de setembro) demonstram que os dilemas colocados para o partido por ocasião do II Congresso permanecem vigentes. Continuam existindo entre nós concepções muito distintas de partido, bem como diferenças importantes a respeito de quais devem ser o propósito estratégico e a política do PSOL para a conjuntura.
Todas as teses defendem a ampliação do partido, mas existem visões diferentes de por qual caminho deve passar o crescimento do PSOL.
Há os que entendem que a ampliação do partido está conectada a algumas dinâmicas importantes:
- a adesão de uma nova geração às lutas sindicais que tem surgido Brasil afora, abrindo possibilidades mais favoráveis de reorganização sindical;
- o diálogo com lutadores/as sociais que começam a perceber que os Governos do PT, depois de quase uma década, não foram capazes de realizar mudanças estruturais e cumprem um papel conservador, requentando um desenvolvimentismo superado pela história. Esses/as militantes constroem ao lado do PSOL as lutas contra as grandes obras – destruidoras do meio ambiente e das comunidades tradicionais – e as mobilizações contra o desalojamento de famílias pobres pela especulação imobiliária nas cidades que receberão a Copa e as Olimpíadas;
- a sintonia com uma ética ecológica que responda à crise ambiental – que ameaça a permanência da vida humana na Terra;
- a disputa contra-hegemônica que pode ocupar o espaço crítico aberto pela crise econômica mundial – que demonstrou a farsa da ideologia neoliberal;
- os levantes populares contra as ditaduras no mundo árabe e a austeridade na Europa, que tem servido de exemplo para os povos em todo o mundo;
- a mobilização no Brasil de uma juventude indignada que começa a se articular pelas redes para protestar pela autonomia feminina e pelo controle sobre seus corpos (Marcha das Vadias);  pela legalização das drogas; contra o elitismo e a mercantilização da vida (Churrasco de Gente Diferenciada); pela vivência das diferentes possibilidades de sexualidade; contra a política como profissão, enriquecimento e ascensão social;
- o crescimento da referência da oposição de esquerda da UNE no movimento estudantil universitário e a possibilidade do partido construir uma política de organização de sua juventude;
- a consolidação dos setoriais partidários, que abre possibilidade de uma atuação conjunta da militância do PSOL nas lutas sociais e na disputa da sociedade.
Trata-se de aprofundar o perfil delineado pela candidatura de Plínio de Arruda Sampaio à presidência da República, construindo um PSOL militante e programático.
Um partido que ocupe os espaços abertos na conjuntura pelas contradições intra-burguesas, mas que o faça a partir de um programa autônomo e independente, e não recorrendo a uma política que trata somente do que pode ter “cobertura positiva da mídia”.
Em muitos momentos de nossa história, não soubemos nos diferenciar de um discurso moralista, caro à oposição de direita, e acabamos nos afastando de setores sociais  que ainda guardam esperanças no governo petista, e são potenciais aliados para a luta contra a opressão e a exploração, mas que repudiam a alternativa oferecida por PSDB e Democratas.
O PSOL é um partido necessário para fazer frente à geleia ideológica geral promovida pelo neoliberalismo. Temos uma pequena – mas aguerrida – bancada parlamentar que dá seguidas provas de capacidade de análise e atuação política. No diálogo com a população e no confronto cotidiano com parlamentares conservadores passamos a impressão de que somos muito maiores.
Devemos incentivar que lideranças populares se candidatem por nosso Partido, dando dimensão geral às suas lutas, uma relação muito diferente do que o simples oferecimento de vagas para concorrer  às eleições, de maneira conservadora e despolitizada.
Além da disputa que travamos no parlamento, precisamos avançar para uma construção partidária que organize a militância para a intervenção na luta social e política. Nossa vida e democracia internas são ainda muito frágeis!
Mas também temos teses apresentadas ao III Congresso do PSOL que apontam para um retrocesso em relação ao caminho escolhido pelo partido no II Congresso Nacional. Retomam a defesa do eleitoralismo e apostam na ampliação do partido pela incorporação de figuras públicas conservadoras como Rose Bassuma – o que levaria ao afastamento do partido de lutadore/as sociais feministas, LGBTs e libertário/as. Essa visão pretende ampliar o partido junto a um eleitorado conservador em detrimento de outro progressista. Coloca as lutas libertárias em segundo plano ou na completa invisibilidade, possivelmente por considerar que essas pautas tiram votos... Mas se o PSOL não confrontar o conservadorismo na sociedade e difundir as pautas dos movimentos anti-sistêmicos, quem o fará?
Temos no PSOL posições que apostam em alianças eleitorais à direita para agregar apoio eleitoral às nossas candidaturas.   Alianças que, na verdade, confundem nossa militância e afastam do partido a intelectualidade crítica e a juventude insurgente. Alianças que jogam o PSOL na vala comum dos “partidos de negócios”. Flertam com a trajetória de Marina Silva, com a qual o PSOL fez uma delimitação clara de projetos em 2010. E participam das primeiras articulações para formar um novo partido ao redor da candidatura de Marina à presidência.
Estas posições que só concebem a construção partidária ligada à disputa eleitoral levarão o PSOL ao suicídio político: não percebem que a crise da democracia representativa é uma dimensão radical da Crise de Civilização que estamos vivendo. Para a juventude que começa a se indignar, nosso partido é, contraditoriamente, visto como "mais um entre tantos". Mais um partido de negócios, em que os "políticos" aderem para disputar as eleições e atender seus interesses privados (normalmente escusos). A disputa eleitoral é fundamental – mas desde que seja feita para dar voz para as lutas sociais e emancipatórias.
Só seremos capazes de nos mostrar como alternativa política para essa juventude que se indigna, se resgatarmos o sentido da Grande Política: seu vínculo inseparável com o ativismo social, a disputa contra-hegemônica, a democracia direta – em que a política praticada por nós, no interior do partido e dos movimentos sociais, anuncie a democracia socialista que queremos para amanhã.
Este projeto de democratização radical da sociedade brasileira só terá credibilidade sustentado por um partido radicalmente democrático em seu funcionamento e vida interna. Precisamos rechaçar a práticas que fraudam o processo democrático no PSOL!
A reunião do DNPSOL, realizada nos dias 03 e 04 de setembro, deixou claras algumas diferenças quanto à concepção de partido e quanto ao reconhecimento da legitimidade das instâncias nacionais para definir nossos rumos políticos. As declarações proferidas pelos setores que defendiam a filiação de Rose Bassuma são um exemplo disso. Enquanto Edilson Silva ameçou recorrer à justiça burguesa para tentar impor a filiação de Rose Bassuma, Janira Rocha, por sua vez, responsabilizou o setorial de mulheres pela rejeição de dita filiação, e declarou que havia se convencido por isso da necessidade de disputar o setorial de mulheres, e que o faria em seguida. Rechaçamos ambas as posições, pois elas desconsideram e desrespeitam o funcionamento democrático do DNPSOL e manifestam uma visão utilitarista dos setoriais do partido, na qual a sua dinâmica de funcionamento ficaria atrelada a interesses outros que não o fortalecimento dos setoriais e da identidade entre aquelas pessoas que o compõem.
Construir um partido democrático e amplo significa abrir o PSOL para os lutadores/as do povo, que aderem a ele a partir de alguma compreensão das contradições do capitalismo e da necessidade de um programa ecossocialista e libertário para o Brasil. Isso é muito diferente de promover filiações em massa, em que os filiados são convocados como clientela para participar da disputa interna, a partir da utilização dos aparatos de sindicatos e mandatos – com o poder econômico deturpando e inviabilizando a saudável disputa de concepções e posições.
O direito de tendências – um avanço na história da esquerda socialista – é deturpado quando as correntes perdem sua dimensão programática e se tornam ajuntamentos de interesses para disputar espaços de poder na burocracia e, por consequência, posições de destaque nas eleições.
A única forma de fazer com que o PSOL seja um partido de massas é garantindo na filiação e nos momentos de definição, a cotização, a participação nos debates, a militância em frentes de atuação.
Para ganhar a adesão de uma nova geração política, para dialogar com tod@s aqueles indignados não apenas com a corrupção, mas também com a injustiça social e ausência de qualquer horizonte de futuro no capitalismo, o PSOL precisa alargar sua democracia interna. Novos militantes só marcharão conosco se puderem participar ativamente das definições políticas do partido, se perceberem na prática que o PSOL é totalmente diferente de tudo que está ai.
O III Congresso do PSOL tem agora o desafio de consolidar os avanços do II Congresso e seguir avançando na construção de um PSOL ecossocialista e militante!
João Alfredo Telles Melo – membro do diretório Nacional do PSOL e  vereador Fortaleza
João Machado – membro do Diretório Nacional do PSOL
Luciene Lacerda – membro do Diretório Nacional do PSOL
Eduardo d´Albergaria


- Um diálogo de longo alcance com Marina Silva


 
Por Edilson Silva

Para onde vai Marina Silva? O que ela pensa? O que significa este seu movimento por uma nova política? Que sinais, símbolos e gestos são estes que ela movimenta e que chegam a embaralhar mentes habituadas a raciocinar sobre um plano cartesiano, mas que ao mesmo tempo lhe deram 20 milhões de votos? O que existe de “sólido” – se é que existe ou deveria existir -, em toda a liquidez de sua linguagem, liquidez que tende a nos deixar mesmo com impaciência diante de tanta imprevisibilidade?

Foi atrás de respostas a perguntas como estas que alguns dirigentes do PSOL – sem delegação partidária -, reunimo-nos com Marina Silva no escritório onde está sendo construído o Instituto Marina Silva, em Brasília, no último dia 13 de setembro. Estavam lá Martiniano Cavalcante, membro do Diretório Nacional e delegado pessoal de Heloisa Helena que por motivos pessoais não pode estar presente; o deputado do PSOL-RJ Jean Wyllys; o senador do PSOL-AP Randolfe Rodrigues; o presidente do PSOL-RJ e membro da Executiva Nacional do PSOL, Jefferson Moura; além deste que escreve este texto, Edilson Silva, presidente do PSOL-PE e também membro da Executiva Nacional. O destino do movimento que Marina representa importa e muito aos destinos da esquerda brasileira, daí nossa reunião exploratória.

Marina nos recebeu com o abraço generoso dos povos da floresta e com o seu firme aperto de mão. A generosidade e a firmeza não estariam somente nestes gestos, mas nas quase quatro horas em que se dedicou a nós, para conversarmos sobre política, Brasil, mundo, civilização, psicanálise, socialismo, povo e vários outros temas. Paciente, com um jeito sempre professoral – quase sempre concluindo seu raciocínio com uma pergunta afirmativa - certo?! Correto?! -, e sempre muito humilde, explicou em pormenores o que pensa sobre política, sobre o mundo, as revisões e sínteses que vem fazendo em suas convicções políticas.

Ao final de sua primeira exposição, já ficou suficientemente claro – pelo menos para mim, que estávamos realmente diante de uma figura especial, diferente, cujo raciocínio se dedica com muito afinco a interpretar os sinais – que ela chama de desvios -, vindos da periferia do sistema, que ela chama de borda da sociedade. Já havia conversado, por duas vezes, um pouco mais de perto com Marina, mas não havia ainda capturado esta dimensão de seu ser retórico. Ou talvez ela tenha tirado conclusões contundentes de sua saída do PV e agora consiga as expor da forma mais completa, como nos fez perceber.

A líder do Movimento Por Uma Nova Política não se deixa entabular nas funções lineares da velha política e nem na dialética vulgar. Às vezes tem-se a impressão que ela alterna sua visão entre um telescópio, de tão longe que enxerga, e um microscópio, tamanha a penetração que busca para interpretar os desvios vindos da borda. Uma mistura rara de fé e ética cristãs, psicanálise, resquícios de um marxismo católico militante e um profundo compromisso com a sustentabilidade ambiental.

No meio deste turbilhão de difícil apreensão, consegue-se capturar alguns elementos “sólidos” e mesmo salientes que dão base ao seu pensamento estratégico. Marina Silva não acredita mais no monopólio da democracia representativa e mesmo na participativa, ou semi-direta, na gestão do Estado. Sua conclusão não se dá apenas pela visível falência do regime democrático tradicional em si, mas por que a sociedade não só não acredita mais nesta democracia, como já busca ela mesma outras formas de participação democrática – que Marina chama de “aplicativos” para a democracia. A internet, com suas múltiplas possibilidades, é parte deste reprocessamento estrutural, em que, mais que tudo, os partidos devem ser reinventados, pois eles têm papel importante na vida política.

Segundo concluí, Marina não vê futuro para os partidos nos moldes atuais, e nisto concordo com ela. A fúria anti-partidária que varre o mundo é parte dos sinais/desvios que emitem estas mensagens. Em relação a isto, sua saída do PV foi um gesto radical – atirou-se num precipício escuro, ou não -, que desenvolveu uma musculatura flagrantemente exposta na dimensão do ethos de seu discurso. Uma aula de coerência.

Do “alto” de nosso pragmatismo programático, duas perguntas não poderiam deixar de ser feitas – visto que em relação às questões ambientais a biografia de Marina fala por si: que fazer com a armadilha da dívida pública, que consome quase metade do orçamento do Estado brasileiro? - neste ponto, eu em particular critico muito o silêncio de Marina. E em 2014, o que esperar de Marina Silva? Ela deixou claro que entendeu a primeira pergunta mais como uma questão de natureza ideológica, estabelecendo que não se pode combater a inflação basicamente com política de juros e nos fez pensar que é preciso achar-se uma equação que equilibre as transformações necessárias na política econômica com possibilidades reais de causar estas transformações, e que ela ainda não tinha respostas para isto, logo, seguia sem ser conclusiva em relação ao tema. Se for assim, é bastante razoável. Sobre 2014, óbvio que ela não faria outra afirmação que não deixar todos os cenários abertos, colocando que as movimentações futuras é que dirão os passos posteriores às movimentações futuras.

Sobre os movimentos práticos da iniciativa que comanda, tudo é muito mais concreto. Quer atrair gente de todas as colorações que queiram desenvolver ações honestas em torno da plataforma do movimento, de Pedro Simon a Heloisa Helena. Sobre as eleições 2012, a idéia é contribuir com todos os atores que estejam disputando eleições e que dialoguem com esta plataforma.

Encerrada a reunião, e após um intervalo de poucas horas, encontramo-nos todos de novo num dos auditórios da Confederação Nacional dos Trabalhadores no Comércio. Lá estavam o deputado Regufe (PDT-DF), o senadores Pedro Taques (PDT–MT); Cristóvão Buarque (PDT-DF); Eduardo Suplicy (PT-SP); Walter Feldmam, deputado paulista que deixou o PSDB. Do PSOL, os parlamentares presentes eram o senador Randolfe e o deputado Jean Wyllys.

Ao final da maratona, muitas imprevisibilidades ainda persistiam, mas algumas sinalizações estavam muito claras: as movimentações de Marina não são superficiais e efêmeras, mas dotadas de um navegador de longo alcance e com norte republicano, portanto de esquerda, ou no mínimo progressista; Marina pode até não ser “agraciada” com o título de ecossocialista – talvez ela nem queira este título, mas está muitíssimo longe de ser caracterizada como ecocapitalista; o Movimento pela nova política que Marina impulsiona tem uma inequívoca força magnética para setores mais à esquerda do espectro político do país, assim como da sociedade.

Trata-se de uma movimento, portanto, que merece o aplauso da sociedade e das forças da esquerda brasileira, que deve interagir com ele, intervir sobre ele, buscando produzir aí sínteses que ampliem as possibilidades de aprofundamento da democracia brasileira, única forma de construirmos uma cultura política de massas que desidrate com efetividade a corrupção, que respeite o meio ambiente e produza alternativas para a suposta crise fiscal que vive o Estado brasileiro.

Não foi, logo, discutido criação de partidos ou coisas pelo estilo. Discutimos os rumos da democracia, do Brasil, da civilização. Esta é a pauta que Marina Silva está propondo.
 
Presidente do PSOL-PE, membro da Executiva Nacional do PSOL e do Movimento Ecossocialista de PE. 
 

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Linna
Linha de Estudo e Pesquisa em Educação Física Esporte e Lazer - LEPEL UFBA
Movimento Nacional Contra a Regulamentação da Educação Física
Partido Socialismo e Liberdade - PSOL

"Quem não se movimenta não sente as amarras que o prendem"
Rosa Luxemburgo.

- LULA É CONTRA 10% DO ORÇAMENTO PRA EDUCAÇÃO

 POR: PROFESSOR CARDOZO

ANTO ANDRÉ - Homenageado nas comemorações de cinco anos da fundação da Universidade Federal do ABC (UFABC), o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva declarou há pouco que as reivindicações para que o Brasil gaste 10% do Produto Interno Bruto (PIB) com educação não são responsáveis.
No fim do ano passado, o governo federal enviou ao Congresso Nacional o projeto de lei do Plano Nacional de Educação (PNE), fixando a elevação do investimento público no ensino dos atuais 5% do PIB para 7% até 2020.
"Vocês têm o direito de pedir 10% do PIB e também recursos do pré-sal para a educação. Talvez, eu tivesse atendido a isso que está nessa faixa durante meu governo, mas 7% do PIB é o que nos comprometemos e o que a presidente Dilma assumiu como promessa de campanha", discursou Lula, contrariando vaias de estudantes ligados ao PSTU e ao PSOL.
O ex-presidente não lembrou, porém, que a demanda de gastos de 10% do PIB na educação é uma exigência de movimentos educacionais de mais de dez anos. Dividindo o palco com o ministro da Educação, Fernando Haddad, e várias lideranças petistas do ABC, Lula defendeu o ministro, que fora vaiado anteriormente durante o seu discurso.
"Eu duvido que existiu no Brasil um ministro da Educação que tenha trabalhado 10% do que esse moço aqui trabalha", afirmou o ex-presidente em alusão ao seu escolhido para disputar a Prefeitura de São Paulo nas eleições de 2012.
Em meio ao assedio do público presente, na sede da UFABC, em Santo André, Lula também elogiou a decisão de ontem do governo federal de aumentar o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para carros com mais de 65% de componentes importados. "Foi uma decisão muito boa", resumiu.
Em seu discurso, o ministro Fernando Haddad defendeu o atual processo de expansão das universidades federais e anunciou, diante de mais de mil estudantes universitários, o aumento de recursos federais para o Programa Nacional de Assistência Estudantil (PNAES).
"Vocês podem aplaudir os militantes do PSTU e do Psol que cobram mais dinheiro para a assistência estudantil. Em 2012, vamos elevar para R$ 800 milhões o orçamento do PNAES".
(Luciano Máximo | Valor)
Leia mais sobre esse assunto em http://oglobo.globo.com/pais/mat/2011/09/16/lula-considera-irresponsavel-ideia-de-destinar-10-do-pib-com-educacao-925382530.asp#.TnVEPllO0p8.twitter#ixzz1YGoTL6vt
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- Ex-marido escreve seu nome com uma faca quente nas costas da mulher

POR RICARDO ALBUQUERQUE

 
Rio - A dona de casa Paula de Souza Nogueira Farias, de 22 anos, foi torturada por mais de quatro horas pelo ex-marido Neliton Carvalho da Silva, de 25, na presença do filho de um ano e meio, Nicolas, no apartamento 201 da Rua DW, no Pontal, Recreio dos Bandeirantes, Zona Oeste da cidade. Ela teve pernas, braços e rosto queimados com um ferro de passar roupas, durante a noite desta sexta-feira. Ele escreveu seu primeiro nome, em letras garrafais, nas costas da vítima, com uma faca sob alta temperatura. A vítima ainda levou socos e pontapés em várias partes do corpo.
 
Foto: Fabio Gonçalves / Agência O Dia
Ex-marido agressor sorri durante apresentação na delegacia | Foto: Fabio Gonçalves / Agência O Dia
"Pensei que ia morrer. Fui marcada com um gado e tratada como um animal. Ele falou que eu ia ficar bem feia para não ficar com mais ninguém na minha vida. Falou que se eu o entregasse à polícia ele mataria meus outros dois filhos, de 7 e 5 anos, que são de outro relacionamento. Se ele for liberado, não sei o que será da minha vida. Tenho medo que ele volte e mate todo mundo", disse ela na 16ª DP (Barra da Tijuca), onde o caso de tortura, ameaça e tentativa de homicídio foi registrado. O agressor alegou que o motivo seria ciúmes. Segundo Paula, o casal estava separado há um ano.

Paula contou que Neliton pediu para o ver o filho. "Fazia dois meses que ele realmente não via o menino. Como ele disse que me daria R$ 150 para as despesas, fui até a casa dele levar o garoto. Ele me recebeu bem, mas quando passei da porta começou o inferno. Ele me trancou dentro do apartamento e me acusou de ter relações com amigos dele. Aí ele me disse que ia apenas me torturar, mas não iria matar para eu lembrar sempre dele", disse ela. Com um ferro de passar roupas, o agressor queimou o rosto e as coxas da mulher, que ficaram em carne viva.
 
Foto: Fabio Gonçalves / Agência O Dia
Marcas da agressão no corpo de Paula de Souza Nogueira Farias, de 22 anos | Foto: Fabio Gonçalves / Agência O Dia
Foto: Fabio Gonçalves / Agência O Dia
O suspeito negou ter queimado sua ex-esposa com ferro quente, mas confessou ter usado uma faca quente para fazer as letras do seu nome | Foto: Fabio Gonçalves / Agência O Dia
Os gritos da mulher não fizeram o ex-marido parar. Paula se contorceu em dores quando Neliton escreveu seu primerio nome nas costas dela. "Ele disse que para que toda a vez que eu estiver com outro homem, vou lembrar dele", disse. Ele usou uma faca sob alta temperatura para fazer as letras. Nos braços, ele desenhou as letras "enes". Após a sessão de torturas, o agressor levou a vítima até o ponto de ônibus. Ele pegou uma kombi e parou no Posto de Policiamento Comunitário (PPC) do Terreirão, no Recreio dos Bandeirantes. Ela foi levada para o Hospital Lourenço Jorge, na Barra da Tijuca, onde foi medicada.

Ainda bastante abalada com as agressões, a vítima contou que prestou queixa por agressão contra Neliton duas vezes na Delegacia Especial de Atendimento a Mulher (Deam). Há nove meses, ele encostou uma colher quente em seu rosto. "Ele sempre foi agressivo, mas jamais imaginei que pudesse chegar a esse ponto. Nunca pensei que isso poderia acontecer. Infelizmente meu filhinho assistiu tudo muito espantado. Espero que não fique traumatizado", disse. O caso foi registrado na 16ª DP (Barra

quinta-feira, 1 de setembro de 2011

- 13º Salário NUNCA Existiu...

por: professor Cardozo


Nunca tinha pensando sobre este aspecto. Brilhante, de fato!

Os trabalhadores ingleses recebem os ordenados semanalmente!

Mas há sempre uma razão para as coisas e os trabalhadores ingleses, membros de uma sociedade mais amadurecida e crítica do que a nossa, não fazem nada por acaso!

Ora bem, cá está um exemplo aritmético simples que não exige altos conhecimentos de Matemática, mas talvez necessite de conhecimentos médios de desmontagem de retórica enganosa.

Lembrando que o 13º no Brasil foi uma inovação de Getúlio Vargas, o “pai dos pobres” e que nenhum governo depois do dele mexeu nisso.

Porquê? Porque o 13º salário não existe.

O 13º salário é uma das mais escandalosas de todas as mentiras dos donos do poder, quer se intitulem “capitalistas” ou “socialistas”, e é justamente aquela que os trabalhadores mais acreditam.

Suponhamos que você ganha R$ 700,00 por mês. Multiplicando-se esse salário por 12 meses, você recebe um total de R$ 8.400,00 por um ano de doze meses.

R$ 700,00 X 12 = R$ 8.400,00

Em Dezembro, o generoso governo manda então pagar-lhe o conhecido 13º salário.

R$ 8.400,00 + 13º salário = R$ 9.100,00

R$ 8.400,00 (Salário anual)

+ R$ 700,00 (13º salário)

= R$ 9.100,00 (Salário anual mais o 13º salário)

... e o trabalhador vai para casa todo feliz com o governo que mandou o patrão pagar o 13º.

Façamos agora um rápido cálculo aritmético:

Se o trabalhador recebe R$ 700,00 mês e o mês tem 4 semanas, significa que ganha por semana R$ 175,00.

R$ 700,00 (Salário mensal)

dividido por 4 (semanas do mês)

= R$ 175,00 (Salário semanal)

O ano tem 52 semanas (confira no calendário se tens dúvida!). Se multiplicarmos R$ 175,00 (Salário semanal) por 52 (número de semanas anuais) o resultado será R$ 9.100,00.

R$ 175,00 (Salário semanal)

X 52 (número de semanas anuais)

= R$ 9.100,00

O resultado acima é o mesmo valor do Salário anual mais o 13º salário

Surpresa!!

Onde está, portanto, o 13º Salário?

A resposta é que o governo, que faz as leis, lhe rouba uma parte do salário durante todo o ano, pela simples razão de que há meses com 30 dias, outros com 31 e também meses com quatro ou cinco semanas (ainda assim, apesar de cinco semanas o governo só manda o patrão pagar quatro semanas) o salário é o mesmo tenha o mês 30 ou 31 dias, quatro ou cinco semanas.

No final do ano o generoso governo presenteia o trabalhador com um 13º salário, cujo dinheiro saiu do próprio bolso do trabalhador.

Se o governo retirar o 13º salário dos trabalhadores da função pública, o roubo é duplo.

Daí que não existe nenhum 13º salário. O governo apenas manda o patrão devolver o que sorrateiramente foi tirado do salário anual.

Conclusão: Os Trabalhadores recebem o que já trabalharam e não um adicional.

13º NÃO É PRÊMIO, NEM GENTILEZA, NEM CONCESSÃO.

É SIMPLES PAGAMENTO PELO TEMPO TRABALHADO NO ANO!

TRABALHE PELA CIDADANIA!

CIRCULE ISSO!